Você já ouviu falar no diagrama entidade relacionamento (DER)? Esse modelo é importante na hora de desenvolver um sistema para uma empresa. Afinal, o DER deve ser capaz de absorver algumas mudanças para a organização se adaptar às novas necessidades de mercado ou, até mesmo, corporativas.
Para isso, é preciso investir tempo na construção de um banco de dados com uma modelagem que permita essa flexibilidade. Uma das ferramentas usadas para isso é o diagrama entidade relacionamento, pois entra na primeira fase da construção de um banco de dados ― o modelo conceitual de dados.
Eu sei, essas informações ainda parecem um pouco confusas. Porém neste post, vamos explicar com mais detalhes o assunto e as suas aplicações. Acompanhe a seguir!
Podemos definir o diagrama entidade relacionamento como um fluxograma ilustrativo de como as entidades (objetos, pessoas ou conceitos) estão relacionadas dentro de um sistema. Os DERs mapeiam o fluxo de informações com a ajuda de símbolos comumente usados nesse tipo de gráfico, como formatos de diamante, oval ou retangular, além de linhas para conectar essas entidades. Esses diagramas podem ser usados para estruturar bancos de dados nas áreas de sistemas de informação, engenharia de software, pesquisa e educação.
Um diagrama entidade relacionamento é composto basicamente por quatro elementos.
A entidade pode ser definida e deve ser pensada como um “substantivo” com o armazenamento de dados sobre ele. Alguns exemplos práticos de entidade são: um produto, um carro, uma pessoa.
O relacionamento mostra como as entidades atuam umas sobre as outras ou como estão conectadas entre si, e pode ser encarada como o “verbo” dentro dessa ligação. Por exemplo, um atleta no início de um treino de preparação. O atleta é uma entidade, e o treino a outra. A adesão ao treino é o relacionamento, conectando as duas entidades dentro do gráfico.
Traz as características de uma entidade, que podem ser simples, compostas ou derivadas. Alguns exemplos de atributos: números de telefone ou idade de uma pessoa.
É a definição dos atributos numéricos da relação entre as entidades, que podem ser: um para um, um para muitos ou muitos para muitos. Essa cardinalidade é indicada no traço de ligação das entidades, por meio de símbolos indicando os números e podendo ser representados em vários estilos.
O diagrama é uma representação gráfica do modelo de entidade relacionamento e traz as informações necessárias para a construção do sistema. Com a ajuda dessa ferramenta é possível melhorar a comunicação entre analistas e desenvolvedores para facilitar a implantação do que foi planejado.
Principalmente, para sistemas mais complexos e de difícil visualização o DER é uma ferramenta fundamental, pois traz clareza ao processo e ajuda a guiar o trabalho, além de evitar erros.
Vale lembrar, não é preciso desenhar todo o sistema de uma só vez. Quando se trata de programas mais longos ou complexos, é interessante desmembrar essas estruturas em partes menores. Podemos citar, por exemplo, um ERP de vendas. Há a possibilidade de criar isoladamente cada interface do software, e depois apenas relacionar esses aspectos.
Esses diagramas podem ter várias aplicações e ajudar bastante no trabalho de quem lida com o desenvolvimento de sistemas. Destacamos a seguir as principais.
Os diagramas são aplicados na modelagem e criação de bancos de dados relacionais, mostrando as regras lógicas do negócio e a tecnologia que será usada. Em muitos casos, a construção desse fluxograma é o primeiro passo dentro da determinação de requisitos para a definição de um projeto de sistemas da informação.
Se o seu sistema atual apresenta erros durante o processamento de dados, experimente fazer o DER de todo o fluxo de informação. Ao trazer esse sistema para o papel, certamente, a falha será encontrada e será possível mexer na programação do sistema de maneira mais pontual e eficiente.
Processos de negócios que envolvam entidades, interações ou ações entre seus agentes podem se basear no diagrama entidade relacionamento para uma visão mais clara, fluxos melhor definidos e resultados mais satisfatórios.
Processos de negócio que precisarão ser redesenhados ou a determinação de uma nova configuração de base de dados podem aproveitar os diagramas para a realização do trabalho. Todo o fluxo é definido primeiro no diagrama, para depois passar para o sistema e testar, como um planejamento prévio capaz de encurtar e facilitar a execução.
Boa parte das pesquisas baseiam-se em bancos de dados estruturados, principalmente, quando há o uso dessas informações para a tomada de decisão em uma empresa, por exemplo.
Com os DERs é possível criar bancos de dados úteis com uma mostra clara sobre a relação entre as informações e o fluxo de processamento para trazer uma análise mais estruturada.
O primeiro passo é identificar a aplicação do diagrama, mas lembre-se, ele não serve para dados não estruturados ou modelos de diferentes arquiteturas. Também vale ressaltar, esse diagrama deve ser aplicado para mostrar as relações entre as estruturas.
Partindo desse princípio, determine as entidades envolvidas para serem definidas em retângulos. Estabeleça depois a relação entre essas entidades, usando linhas para identificar e rotular essas relações. Você pode determinar mais camadas de informações ao usar os atributos-chave das entidades, identificados pela forma oval no fluxograma.
Lembre-se, não necessariamente deve haver relação entre todos os elementos, e muitas vezes, essas relações podem ser de um para um, de um para muitos, ou de muitos para muitos. Essas ligações também devem ser apontadas no diagrama.
Neste post, apresentamos o diagrama entidade relacionamento, seus componentes, como pode ser aplicado e a utilização prática. Ter esse conhecimento é importante para ter mais agilidade e clareza no desenvolvimento de sistemas. Além disso, pode ajudar para que o trabalho em equipe seja feito em torno de um mesmo propósito.
Você usa essa ferramenta na hora de pensar em algum software ou solução? Deixe um comentário no post sobre como utiliza o DER, ou se aproveita algum outro sistema que auxilie no processamento de dados.