Entre as várias decisões realizadas durante o desenvolvimento de um projeto, a escolha de tecnologias está entre as mais importantes. Por isso, aproveitamos o momento para elaborar este post exclusivo sobre o tema. Afinal, entre SQL vs NoSQL, qual é a melhor opção?
Essa é uma dúvida comum para muitos desenvolvedores, pois ambas as soluções oferecem vantagens específicas ao projeto, principalmente em termos de escalabilidade, seja horizontal ou vertical. Então, não perca tempo e acompanhe esta leitura para descobrir mais sobre o tema!
Para quem não lembra muito bem, vale a pena refrescar a memória. Tanto SQL como NoSQL são tecnologias fundamentais à maneira como se interage com o banco de dados do seu sistema. Por isso, essa escolha será determinante para a forma como você manuseia as informações do seu projeto.
Nessa comparação, não há solução vencedora, mas, sim, a mais compatível com as suas expectativas de desempenho, organização e método. No entanto, a depender da complexidade do seu sistema, é possível implementar ambas as tecnologias simultaneamente para extrair o melhor dos dois mundos.
Como sempre, a melhor forma de entender um conceito é começar por sua sigla. SQL abrevia a expressão Structured Query Language, que remete à Linguagem de Consulta Estruturada. Sendo assim, o SQL é uma tecnologia que permite consultar a bancos de dados relacionais.
Isso é possível porque SQL é uma linguagem de programação criada para facilitar a inserção, edição, gerenciamento e consulta no seu banco de dados. O fato de ser uma linguagem relacional quer dizer que essa tecnologia é capaz de ler e interagir com os dados tabelados.
Essa estrutura denominada Schema, oferece praticidade para quem desenvolve, e também resulta em uma boa experiência do usuário, que pode acessar esses dados mesmo sem conhecer a existência da estrutura que existe por trás dessas informações.
Se o seu time optar por essa linguagem, será possível trabalhar com ferramentas, como SQL Server, MySQL, Microsoft Access, IBM DB2 ou afins. Nesse sentido, o SQL se destaca por ser uma abordagem bastante estruturada e padronizada, o que pode ser tanto positivo como restritivo.
Agora, veja um compilado de suas características centrais:
Em NoSQL, a sigla expressa Not Only SQL e indica que a abordagem na consulta, interação e manuseio dos dados não é exclusivamente relacional. Isso quer dizer que os dados operados com NoSQL não precisam seguir uma estrutura organizacional tabelada, como acontece com o SQL.
A tecnologia segue essa rota contrária justamente para ganhar velocidade e escalabilidade horizontal. Por esse motivo, é comum que a tecnologia NoSQL seja aplicada em áreas em que os bancos de dados relacionais não entregam o desempenho desejado.
A grosso modo, os bancos NoSQL podem ser resumidos em algumas categorias. Existem os bancos de dados em chave-valor (Riak), em coluna (Cassandra), em documento (JSON) e em grafos (Neo4j). Como pode ver, há uma flexibilidade muito maior se compararmos à restritividade do SQL e o seu formato único.
Agora, veja um compilado de suas características centrais:
Agora que você tem uma noção geral de ambas as abordagens, chega o momento de avaliar os principais cenários de usabilidade. Afinal, em que ocasiões essas tecnologias são mais indicadas? Isso é o que você descobrirá agora!
O maior destaque da tecnologia SQL são as propriedades ACID. Esse grupo de diferenciais remetem à: Atomicidade, Consistência, Isolamento e Durabilidade operacional, pois são fundamentais para garantir a integridade do banco de dados do seu projeto.
Isso é possível porque cada uma dessas propriedades orientam exatamente como será a interação com as informações do seu banco de dados. Logicamente, toda essa proteção tem um “custo”. Enquanto a flexibilidade do NoSQL entrega velocidade, a restritividade do SQL oferece consistência e garante que as informações continuem organizadas e inalteradas.
No entanto, pode ser que você não esteja em busca da integridade máxima, mas sim, da simples capacidade de manusear um grande volume de dados, unindo velocidade e praticidade. É nesse cenário que a escolha da tecnologia NoSQL se demonstra mais acertada.
A abordagem é ultimamente funcional para quem precisa coletar e armazenar “toneladas” de dados não estruturados. Com o tempo, você pode ampliar os campos e propriedades do seu banco de informações, já que não existem as limitações do SQL.
Outro diferencial do NoSQL é ser visto como uma abordagem mais prática e rápida do ponto de vista da implementação. A abordagem é mais intuitiva e, por isso, demonstra ser mais compatível às expectativas das metodologias ágeis de desenvolvimento.
Por fim, o NoSQL se apresenta como uma ferramenta ideal para aplicações de computação e/ou armazenamento em nuvem, os ditos sistemas de cloud. A maior vantagem aqui está na escalabilidade do NoSQL, que pode se adaptar dinâmica e proporcionalmente às necessidades da sua operação.
No fim das contas, tudo se resume à expectativa central do seu projeto. Está desenvolvendo uma ferramenta de navegação jurídica que exige extrema integridade no conjunto de dados? Pode ser interessante optar pelo SQL.
Por outro lado, pode ser que a sua equipe esteja coletando, manuseando e monitorando ruídos do mercado financeiro para desenvolver um modelo preditivo de pequenas distorções. Nesse caso, o NoSQL pode ser a escolha certa para encarar esse volume de informação.
Ainda assim, vale lembrar que existem projetos que adotam as duas abordagens. Afinal, é fundamental na decisão entre as tecnologias SQL vs NoSQL reconhecer as vantagens específicas que cada uma dessas soluções traz à mesa, sem favoritismos que não sejam fundamentados por vantagens técnicas.
E aí, gostou deste post especial colocando um fim à discussão SQL vs NoSQL? Então, aproveite o momento para aprender mais sobre esse e demais curiosidades no tema, assinando a nossa newsletter!